Acredito que se tornar Mãe é o sonho de toda mulher, desde quando era uma menina e brincava de bonecas. Comigo não foi diferente, sempre sonhei em ter um filho e depois do casamento a vontade e o sonho se tornou mais real.

Como já contei para vocês AQUI eu já estive grávida uma vez antes de engravidar da Julia, e infelizmente tive um aborto espontâneo com 9 semanas de gestação. Mas, não foi motivo para desistir de ser mãe, então depois de 2 meses tentamos novamente.

Descobri a gravidez da Julia em 01 de março de 2013, mesmo já tendo a certeza de que estava grávida desde uma semana antes, e os testes de farmácia dar negativo. Foi um  momento de muita alegria e de muito medo, de passar por tudo que passei na outra gravidez novamente. Desde o início fiquei super insegura, e cada coisinha diferente, cada coliquinha que eu sentia era motivo de muita preocupação e neura, minha ginecologista enlouqueceu comigo ao longo dos 9 meses.

Pois bem, descobri a gravidez e estava de 4 semanas. Com 5 semanas tive um corrimento e fui chorando correndo para o hospital, parecia que revivia o aborto, fizemos ultrassom e não deu para ver nada além do saco gestacional, eu estava grávida, não tinha nada errado, mas ainda não dava pra ver o embrião. Na semana seguinte tive um novo corrimento, após ter passado a semana toda tensa e com medo da minha gravidez não evoluir, novamente hospital, ultrassom e então passei pelo primeiro momento mais feliz da minha gravidez: eu tinha um coraçãozinho batendo dentro de mim.

As semanas se passaram, tive mais um corrimento (parece que só porque eu tinha trauma eles insistiam em ocorrer), e com 13 semanas tive a alegria de poder ver o meu bebezinho, pititico, de perfil se mexendo pra lá e pra cá no ultrassom. Foi um sensação de alívio, estava tudo bem, ele estava crescendo normalmente, enfim eu ia poder curtir minha gravidez tão sonhada.

Os dias e semanas se passaram normalmente, com 14 semanas comecei a sentir as tremidinhas no pé da barriga: segundo momento mais feliz da minha gravidez, ela estava ali e eu podia sentir. Com 18 semanas fiz o primeiro ultrassom 3D e conseguimos ver o sexo: era uma menina, nossa tão sonhada menina, nossa Julia!!

A gravidez seguiu super tranquila, até chegar o dia de fazer o ultimo ultrassom, com 36 semanas. Era começo de outubro, um calor sem fim, e o diagnostico do ultrassom foi oligohidrâmnio (pouco líquido amniótico). Juju estava super bem, mas com pouco líquido era muito arriscado ela permanecer ali, então minha médica decidiu me internar, para ou fazer o parto, ou tentar repor o líquido. O plantonista decidiu que não iria fazer o parto, porque com 36 semanas ela poderia ainda não estar pronta, então fiquei lá, internada tomando soro e muuuita água pra tentar subir o nível do líquido. Para uma pessoa normal, acho que ficar lá por pior que fosse, seria tranquilo, mas eu simplesmente comecei a pirar naquele hospital. Eu chorava dia e noite pensando que eu poderia estar revivendo minha estadia no hospital do passado, quando tive que ficar 3 dias internada para fazer curetagem (limpeza no útero realizada quando se tem um aborto), e por mais que todos que fossem me visitar falassem que estava tudo bem e que aquela era uma situação completamente diferente, eu não estava sossegada. Passei as próximas duas semanas nessa angústia de indas e vindas do hospital para monitorar o bebê e repor líquido, e quando completei 38 semanas decidi, junto com minha médica que tinha chegado a hora da Julia nascer.

Vocês podem até pensar que optei pela cesárea pois foi a forma mais fácil de “resolver o problema”, mas, eu tinha me preparado ao longo de toda minha gravidez para ter um parto normal e sem anestesia. Estava certa de que seria assim e mais uma vez me vi frustrada, pois não teria o parto que eu desejava, não por imposição da médica, mas por escolha minha, eu não aguentava mais viver aquela angústia e tinha medo que depois de tudo aquilo, um trabalho de parto prolongado poderia fazer minha filha sofrer. Entendam que eu estudei muuuito sobre parto normal e sou super a favor e se pudesse e tivesse coragem faria parto em casa na água, mas naquele momento em que eu estava, eu apenas queria que ela nascesse, da forma mais rápida, de forma segura, pra que nem eu e nem ela continuasse agoniada e preocupada.

E então no dia 24 de outubro de 2013 às 10h24 nasce a Julia, com 2.890kg e 45 cm, um cisco de bebê, que segundo o pediatra que acompanhou o parto nasceu prematura de 36 semanas (oi!? você não estava com 38 semanas?!) pois pode ser que as contas estavam erradas ou ela deu uma parada de crescer por causa do puco líquido. Pra mim não importava nada disso, a única coisa que eu pensava era que tinha acabado, o sonho de criança tinha se realizado, eu me tornei Mãe da menina mais linda do mundo, da tão sonhada e desejada Julia.

A recuperação do parto foi super tranquila apesar de eu ter sofrido muuuuito para tomar o primeiro banho no hospital, senti muita dor, mas passou. Se eu faria cesárea novamente? Só se for extremamente necessário, pois ainda sonho com meu parto normal. Se eu quero viver tudo isso de novo numa próxima gravidez? Sim, vivo e passo pelo que for necessário para sentir mais uma vez todo o amor e alegria que senti no momento que ela nasceu.

Ser mãe é um privilégio enorme, é amar incondicionalmente e ser amado, e por mais difíceis que sejam alguns dias, olhar para o rostinho de anjo da minha filha ou ouvir ela falar mamãe é a melhor sensação do mundo.

Essa é minha história, a história da Julia.

Espero que tenham curtido saber um pouquinho mais sobre nós.

Beijos!!

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