Existe muita polêmica hoje em dia sobre o parto. Há uma luta pelo parto normal e uma crítica às mulheres que não o desejam. Não estamos aqui para falar sobre isso ou julgar seus prós e contras, mas para lembrar que existe uma coisa muito mais importante do que julgar as mães por optar pelo parto normal ou não, que é a amamentação! A relação de afeto entre a mãe e o bebê começa desde o início da gestação e se concretiza a partir do nascimento, naquele momento que é colocado pertinho do calor humano da mãe e é recebido com todo amor do mundo.

 

A amamentação, além de ser importante para a nutrição do bebê, é uma forma dele se conectar com a mãe e se sentir seguro, bem como se sentia dentro da barriga. Enquanto o bebê é amamentado, o vínculo de apego entre mãe e filho aumenta. Além disso, o bebê se espelha nos olhos da mãe e é através dessa relação que a criança inicia a construção de sua autoimagem e dos sentimentos de si próprio. Esse vínculo estabelecido nesse período tende a repercutir no desenvolvimento da criança, tendo reflexos, por exemplo, na autoconfiança, autoestima, na capacidade de dar e receber, entre outros.

 

Esse vínculo pode acontecer também com a mamadeira, caso por algum motivo de saúde a mãe não possa amamentar. O importante é que esse processo não seja apenas o momento de suprir uma necessidade nutricional ao bebê. Deve ser um momento calmo, tranquilo e de muito aconchego, no qual seu filho se sinta seguro e confortável em seu colo. Ressalta-se também que seja um momento de vocês, que as mães se concentrem e curtam a magia de cada amamentação, sem dispersar a atenção ou tentar fazer outras coisas ao mesmo tempo, como dar aquela conferida nas redes sociais, por exemplo.

 

Destaca-se também que os bebês não têm capacidade cognitiva para aprender a esperar quando estão com fome. Nos primeiros meses, eles precisam ter suas necessidades supridas rapidamente e não deixa-los chorar não é mimá-los, mas sim proporcionar a eles um ambiente seguro. Enquanto o bebê se alimenta, ele se espelha nos olhos da mãe, se identifica e com o tempo vai criando seu próprio eu, independente da mãe. Esse vínculo de segurança e afeto é levado para o resto da vida, por isso nossa dica é que você curta muito, pois o carinho e o amor refletidos nessa troca de olhares entre o bebê e a mãe são a base para a formação de sentimentos de autoconfiança e autoestima, responsáveis pela capacidade de amar o outro e a si próprio. Um adulto feliz e confiante sabe admirar sua beleza e a beleza do mundo e isto é reflexo do amor que recebeu desde os primeiros dias de vida!

 

psicologasPaola Richter é Psicóloga, Psicoterapeuta de crianças e adolescentes. Natana Consoli é Psicóloga, Psicoterapeuta de adultos, casais e famílias e ambas fazem Avaliação psicológica e prestam Assessoria psicológica em Instituições de educação Infantil. Possuem a página E aí Psi? no Facebook e Instagram para compartilhar curiosidades, dicas e problematizar as dúvidas mais frequentes do dia a dia dos pequenos!

 

 

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