“Opa, em um dia eu tenho meu papai e minha mamãe só para mim, os brinquedos são todos meus, sou o campeão do vovô e o príncipe da vovó, e agora chega um “outro alguém” com quem eu tenho que dividir tudo isso, e ainda devo ama-lo e de preferência ser bonzinho enquanto ele se acostuma a nova rotina? NÃO MESMO!”. Com certeza isso pode passar na cabeça dos pequenos com a chegada de um novo bebê em casa, e pensando nisso hoje a coluna Papo de Psicóloga traz um texto super interessante sobre como lidar com a chegada de um novo bebê.

 

A chegada de um irmão mais novo impreterivelmente trará consigo diversas mudanças para o agora promovido a irmão mais velho. As crises de ciúmes, a volta para o bico, mamadeira, fraldas e etc, uma manha aqui e um choramingo que não passa ali, são reações comuns a toda essa novidade. Mas com compreensão, paciência e dedicação é possível transformar essa fase em uma grande diversão e aprendizagem.

 

Diversas são as maneiras que os pequenos encontram para chamar a atenção dos pais para si, seja através do retorno de alguns hábitos já deixados de lado ou pelo comportamento. O principal nesse momento é demonstrar para a criança que o amor e atenção não foram divididos e sim multiplicados, e que ele continua a ser amado do mesmo jeito.

 

Para isso, aí vão algumas dicas de como lidar nessa situação: demonstrar a importância que a criança terá na vida do irmão que está para chegar, convida-lo a participar das decisões: escolhendo o enxoval, as coisas do quartinho, ver o bebê no ultrassom, bater aquele papo com o irmão na barriga, etc. Assim quando finalmente o irmãozinho chegar a casa, ele já terá um lugarzinho especial no coração e na cabecinha do irmão mais velho. A medida do possível incentive e ensine-o a ter cuidado com o irmão mais novo, “que tal alcançar a fralda para trocar o irmão? Ou ajudar a mamãe a secar o pezinho dele depois do banho” mostrando assim as vantagens de ser mais velho, saber falar, andar e ajudar a mamãe e o papai. Ao final da ajuda não esqueça de elogiar o trabalho bem feito do irmãozão e o quanto ele é especial!

 

Se por acaso o bebê não estiver sendo visto como interessante pelo mais velho, por não saber brincar, falar e etc, procure mostrar fotos e recordar com a criança como ele era quando bebê, o que sabia ou não, do que gostava, o que fazia e como foi aprendendo ao longo de seu crescimento. Não esqueça também de sempre reservar um tempinho exclusivo para a criança para brincar, ler ou conversar sobre tudo que está acontecendo a sua volta, seja na hora do soninho do bebê ou enquanto alguém está com ele. É essencial que a criança continue se sentindo participante e interessante aos olhos dos pais.

 

Lembrem-se que muitas vezes as crianças mais velhas apenas reproduzem aquilo que sentem dos pais, será que não são a mamãe e o papai que estão se sentindo culpados por ainda não estarem acostumados a ter que dar atenção a dois seres ainda tão dependentes?

 

Dê tempo ao tempo, para que assim como vocês a criança mais velha vá compreendendo as mudanças e qual seu lugar nessa “nova família”.

 

 

psicologasPaola Richter é Psicóloga, Psicoterapeuta de crianças e adolescentes. Natana Consoli é Psicóloga, Psicoterapeuta de adultos, casais e famílias e ambas fazem Avaliação psicológica e prestam Assessoria psicológica em Instituições de educação Infantil. Possuem a página E aí Psi? no Facebook e Instagram para compartilhar curiosidades, dicas e problematizar as dúvidas mais frequentes do dia a dia dos pequenos!

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