Muitas de vocês devem ter visto que ontem 20/06/2016 o Conselho Federal de Medicina (CFM) anunciou que ainda essa semana entra em vigor uma nova resolução que rege o Parto Cesariano no Brasil. A norma 2144/2016 impõe que cesárias agendadas à pedido da paciente só podem ser realizadas após a 39ª semana de gestação. No post de hoje vamos debater um pouco esse assunto.

 

Eu acredito que toda gestante deve e tem o direito de escolher o seu parto, e que seria totalmente contra as leis do homem impor que só se faça parto normal ou só cesariano. Assim é no Brasil, apesar de hoje existir um grande apelo para o parto normal (e humanizado), ainda há muitas mulheres que não querem passar por essa experiência por motivos pessoais, e optam pelo parto cesariano. O médico deve sempre respeitar a vontade da gestante, seja qual for o tipo de parto, porém somente quando não trouxer riscos nem para o bebê e nem para a mãe.

 

A nova resolução 2144/2016 trata que a partir de agora, as gestantes que optam pelo parto cesariano só poderão agendar suas cirurgias após a 39ª semana, que é, segundo os médicos do CFM, quando o bebê está 100% pronto para nascer, e corre menos risco de ter problemas respiratórios, controle de temperatura, icterícia entre outros. No artigo que li no próprio site do Conselho Federal de Medicina está escrito:

 

“É ético o médico atender à vontade da gestante de realizar parto cesariano, garantida a autonomia do profissional, da paciente e a segurança do binômio materno fetal.”

 

Eu concordo plenamente com isso. Uma gestante ciente dos riscos de cada tipo de parto, tem todo o direito de decidir, desde que não tenha nenhum risco para o bebê. Eu tive um parto cesariano às 38 semanas quando estava grávida da Julia, mas ele aconteceu pois tive problemas de pouco líquido amniótico, o que poderia atrapalhar o desenvolvimento uterino dela, e junto com minha obstetra decidimos, que mesmo sendo minha vontade o parto normal na época, naquele momento a cesárea era o melhor para a Julia.

 

Acredito que essa nova norma veio para ajudar, jamais atrapalhar o sonho do parto ideal para cada uma, que deve ser respeitado. Não levanto a bandeira de nenhum dos dois lados, acho que a mulher se torna Mãe independente de como o bebê nasce, e cada uma tem o total direito de decidir como quer que esse momento tão mágico aconteça em sua vida. Em breve estarei passando pela segunda vez por essa experiência, e apesar de já ter definido qual é o tipo de parto que desejo, farei novamente, sem arrependimento algum, o que for melhor sempre para o meu filho.

 

Apenas para concluir o post e complementar as informações que li no site do CFM, as gestantes que junto com seu médico decidirem pelo parto cesariano, deverão à partir de agora assinar um termo de consentimento livre e esclarecido, informando em palavras claras todo o risco envolvido no tipo de parto pelo qual ela optou, e o assunto deve sim ser discutido não só em uma, mas em várias consultas durante o pré-natal para que fique tudo super claro e que não haja dúvidas de que a escolha que ela está fazendo é a correta para ela e o bebê. Na minha opinião, médico bom não é aquele que te induz ao parto normal ou cesariano, e sim, aquele que aceita a sua escolha, te expõe os riscos e fica ao seu lado sempre.

 

E vocês, o que acham sobre esse assunto? Vamos discutir um pouco sobre como foi a sua escolha? Apenas peço que respeitem a opinião umas das outras,pois não estou propondo um debate de parto normal x cesariano, e sim querendo que cada uma conte aqui nos comentários, um pouco da sua história, e como decidiu o seu tipo de parto.

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13 respostas para “Parto Cesariano: nova norma entra em vigor no Brasil”

  1. Francini Aguiar disse:

    Concordo com você, a decisão deve ser da mãe, sempre visando o melhor para o bebê. Eu acredito que a cesariana é a melhor opção, mas essa é a minha forma de pensar e com certeza vou levar sempre em conta o que for melhor para o bebê e o aconselhado pelo médico.
    Acredito ter sido uma boa a resolução já que leva em conta o período correto para a formação do bebê e deixa claro valer apenas quando a cesárea é a opção da mãe (não quando há a necessidade deste tipo de parto mais cedo que o normal).
    Não tenho filhos biológicos ainda, mas acredito que optaria pela cesárea, até por coisas que já aconteceram na minha família.
    Ocorreram vários casos de partos normais mal sucedidos na minha família (gerando, inclusive, danos permanentes à saúde da criança). Além disso, minha mãe teve um parto muito complicado (apesar de cesárea) por eu ter nascido grande e ela ser de baixa estatura, o que teria sido um problema grave se fosse feito parto normal (como um dos médicos dela aconselhava, aliás), eu tenho baixa estatura e um obstetra já me disse que o que aconteceu com a minha mãe é muito comum e que ele não faz parto normal em mulheres com menos de 1,60m por causa deste risco.

  2. Luana Gomes disse:

    Quando eu estava grávida eu optei pelo parto normal,mas quando eu estava com 36semanas aconteceu da minha bolsa se romper e eu não percebi porque o líquido estava saindo na urina ai eu não consegui identificar e assim passei a semana perdendo líquido. Ai nesse tempo fiz a última ultrassom que constatou que o líquido estava baixo ai tive que fazer a cesariana

  3. Sônia Azevedo disse:

    Se a resolução veio para ajudar beleza, porque quem ganha pelo SUS muitas vezes não tem um médico especifico as consultas são com as enfermeiras e as vezes agenda com o médico clinico geral quando há alguma complicação encaminha para o obstetra e nem sempre esse obstetra fará seu parto; depende de qual médico está de plantão vc é bem atendida ou é um descaso só, na minha sincera opinião vai piorar para que depende do sistema público não sei posso está enganada, tomara que não.
    Meu relato dos meus dois partos ten
    Meu primeiro filho eu queria normal falei disso desde a primeira consulta com meu médico com 38 semanas a bolsa rompeu de madrugada, fui para o hospital meu médico não induziu o parto me colocando no soro ele gosta bem natural não tive dilatação nenhuma e o líquido saindo e sem o líquido amniótico o bebe corre risco ao amanhecer fomos para a sala de cirurgia e foi feita a cesariana, tudo ocorreu perfeitamente sem dor, sem nada a tarde me levantei tomei banho cuidei do meu bebê depois de 8 anos tive meu segundo filho, como o primeiro foi cesariana nós agendamos o parto com 39 semanas e foi tudo novamente perfeito e sinceramente não sei o que é a dor parto e nem quero saber kkkk aproveitei também a cesariana e fiz minha ligadura, pois já estou com 39 anos e eu e meu esposo não queremos mais filhos.

  4. Carolina disse:

    A medida super ajuda os 30% dos bebês que são tirados em cesáreas prematuras, e isso graças a Deus melhorará. Mas tem tanta coisa né amiga que falta nesse nosso Brasil ?Para mim é como se fosse um passo em falso sabe ?Mas amei o texto.BJos barriguda linda

  5. Rafaella Garcia disse:

    Eu achei super bacana essa resolução, pois infelizmente ainda existe uma grande parte de médicos que visam o parto cesariana, como fonte de lucros.. É uma realidade pessoal! Tive meus dois filhos via cesariana, pois na primeira gestação, eu não tinha nem dilatação, nem passagem.. Nadica de nada…E minha bebê já de 41 s e 4d, não estava recebendo mais nutrientes devido a placenta estar totalmente calcificada.. Nesse caso tive que optar pela mesma por razões óbvias, a saúde da minha filha. Na segunda gestação, já pensava no parto normal, pois sempre sonhei com ele, porém mais uma vez fui impedida por razões de saúde, sendo desde de início comunicada que a cesariana seria agendada, mesmo assim com 38 semana começei a sentir as temidas contrações e já estava com dois dedos de dilatação, mas não adiantou, infelizmente minha cesariana deve que acontecer após dois dias por preaucaçao. Aí pq esse texto enorme para contar minha história?! Todas nós mães temos relatos de nosso partos que sempre serão emocionantes e inesquecíveis, no final queremos que nosso bebê chegue ao mundo cheio de saúde!!! Muitas pessoas defedem o parto normal, humanizado, domiciliar… E outra não.. Eu sempre sonhei que meus filhos viessem ao mundo no tempo deles, e da maneira mais natural possível, mas como qualquer outra mãe, dei prioriodade para que eles chegassem com saúde e que eu estivesse bem tb a poder receber eles, afinal um parto normal mal sucedido poderia trazer riscos para todos. Gostaria de dizer que não estou apoiando a cesariana, mas Graças ela o nascimento dos meus filhos teve um final feliz que poderia não ter acontecido em um parto normal, ou por indução.. O que eu repúdio, é o fato de muitos médicos se apropriarem de tais circunstâncias para benefícios próprios.. E acredito que tal medida feita pelo Conselho seria para banir essa conduta ridícula.

  6. miriam disse:

    no meu acho que tomei trauma de normal
    quando entrei nas 38 semana de gestação meu filho deu sinal que ja queria vir ao mundo
    fomos ao hospital as 01:23 da madrugada de segunda ai ja me internaram fiquei o dia inteiro sentindo dor e os médicos só indo la fazendo toque e por volta de 16:00 estoraram minha bolsa ai sim que veio as dores e nada do meu filho nascer e veio por volta de 22:30 o medico me levou pra sala de parto e nada novamente e ele me fez um pique em baixo cortou e tudo e nada do meu filho nascer e por volta de 22:39 me levou pra cesariana e 22:40 ele nasceu por parto cesário .
    depois de tudo feito ele me disse q meu parto nunca daria normal q eu sofri atoa q não tinha passagem para fazer normal .
    então acho sim que deveríamos sim ter o direito de escolha sempre !!!

  7. Daniela Paixão disse:

    Eu super concordo, sou a favor do parto cesária quando há risco para mãe ou para ou bebê ou ambos, agora cesária agendada por comodismo tirar o bebe que nem esta pronto para nascer só para não ter susto? Ou não ir desarrumada para o hospital há não ai não, tive as minhas 3 princesas de parto normal,inclusive as gêmeas e uma só não ficou na uti graças a todo o processo que o bebê sofre pelo no parto.Fiquei muito feliz com essa lei agora acho que os números de parto cesária iram diminuir

  8. Dayse disse:

    Concordo que cada futura mamãe tenha o direito de escolher o que quer, mas na medida do possível, que se for preciso mudar o tipo de parto por uma emergência a mulher aceite. Como alguns casos que já aconteceram de muitas não aceitar…Quando fiquei grávida sempre quis parto normal, mas minha gravidez desde o começo foi de risco, precisei tomar remédios para o bebê não nascer prematuro, então o meu médico falo que eu não podia ter parto normal..Quando fui ganhar ele fui para uma cidade próxima da minha, por conta do centro cirúrgico estar interditado por causa de uma pedreira que deu dois dias antes de eu ganhar. chegando lá o médico falo que eu era obrigada fazer parto normal mesmo não podendo (não dilatava), depois de eu ter implorado muito pra ele,ele fez a cesária, meu bebê nasceu todo roxinho e precisou ficar em observação num bercinho térmico também por enfermeiras demorar muito nos procedimentos após o parto..Sofri muito, peço muito a Deus que se me der mais um filho não precise passar por tudo isso que passei de novo, mas com certeza que se precisar mudar de novo o tipo parto pelo bebê com certeza vou mudar..bjs

  9. Daniele Costa disse:

    Também concordo com essa nova norma,e ainda vou além,acho que seria bacana se toda mamãe que optasse pela cesáriana esperasse pelos primeiros sinais de que realmente está na hora,pois cada gestação tem um tempo de desenvolvimento diferente da outra.Os médicos deduzem que com 38 semanas o bebê já está maduro,mas quem realmente pode ter certeza?Meu primeiro parto foi cesária,e provavelmente o próximo também será,se tudo ocorrer bem não marcarei data,esperarei que ele escolha a data e a hora que deseja nascer.

  10. Scarlat disse:

    Se a gestação evolui bem, para que antecipar um parto? Tudo deve seguir uma ordem natural… E todos sabemos que antes das 39 semanas a maioria das vezes o bebê não está maduro, por isso muitos tem que ir para uma UTI Neonatal. Pensando na saúde dos bebês e no número de cerareas desnecessárias no Brasil, eu gostei da nova norma e acho que demorou para isso acontecer.

  11. Leticia Peres disse:

    Concordo que a futura mamãe deve ter seu direito de escolha preservado e respeitado. Não acho correto médicos influenciarem na escolha apenas por questões pessoais e não de saúde. Eu acredito que todos os partos deveriam ser humanizados, no sentido mais literal da palavra, respeitando a mamãe e o bebê, fazendo o que ela decidiu, respeitando aquele momento que é único para a mãe, tornando mais especial ainda, independente se é um parto normal ou uma cesariana. Acredito que essa nova decisão foi um grande avanço, infelizmente muito bebês nascem antes de estarem totalmente preparados, acredito ainda que o melhor seria efetuar uma cesária, se essa for a vontade da mãe, quando esta demonstrar os primeiros sinais de trabalho de parto, só assim teríamos certeza que o bebê estaria nascendo na hora dele, no dia que ele escolheu. Meu parto foi uma cesária de emergência as 31 semanas, aceitei e acabei entendi os motivos depois, mas penso que se o médico tivesse tirado 10 minutinhos para conversar comigo e me explicar o porquê e como seria devido a emergência teria sido melhor pra mim, afinal ninguém gosta de ‘surpresas’ quando se trata do seu bem mais precioso.

    • Ilatier Cruz disse:

      Mas essa lei abre excessão para mães que estão perdendo líquido ou que o cordão esteja envolto a criança ou casos atípicos do qual tenha que fazer cesariana antes de completar as 39 semanas? Não sei mas algo me diz que as leis a respeito de parto, borto e outros assuntos estão sendo influenciados. Tenho medo das proporções que possam chegar. Espero que as mamães e seus filhinhos sejam bem assistidos e tenham proteção do Estado e do nosso país, pois vemos na TV casos tão tristes por falta de atenção, cuidado. Deus proteja a todos.

      • Jenny Francia (Mamãe Amélia) disse:

        A lei vale apenas para gestações em que nem a mãe nem o bebê estejam em risco, se com 36 semanas vc tiver um problema e tiver que fazer cesárea, ela pode ser feita normalmente. A lei é apenas para casos “normais” em que a mãe quer antecipar o parto. Bjus lindona!

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