Depressão pós-parto é um assunto muito sério e que muitas mulheres enfrentam. Atendendo à pedidos de muitas de vocês o post de hoje da coluna Papo de Psicóloga escrito pelas meninas do Eai, Psi fala sobre o assunto e ainda esclarece se realmente passa sozinho ou é preciso ajuda de um especialista.

 




 

Para saber a resposta dessa pergunta sobre depressão pós-parto, é preciso que as mamães estejam informadas. A chegada do bebê é sem dúvida um momento mágico, após meses de espera finalmente ele está ali, as mamães conseguem tocar, saber seu cheirinho e até tentar adivinhar a resposta da famosa pergunta: é parecido com quem? Inúmeras são as propagandas onde vemos as mães com seus bebês felizes, cabelo escovado, maquiagem e unhas em dia…. mas será que na vida real é assim?

 

E quando este tão esperado momento chega e as coisas não são como esperado?

Muitas mamães se questionam o que pode estar ocorrendo de errado com elas? Será que fizeram alguma coisa errada? Será que eu não estou pronta? Eu deveria estar feliz! E agora? Esses são alguns dos pensamentos comuns as mamães que, muitas vezes, estão em sofrimento, mas não conseguem compreende-lo e principalmente buscar por ajuda.

 

Muitas mulheres acabam ficando constrangidas por não estarem “tão felizes” quanto supostamente deveriam estar ou que pensem que isso só está acontecendo com elas e que deve ser bobagem. É exatamente aí que muitas mulheres acabam sofrendo caladas com a depressão pós-parto ou sem saber que existe o tal “Baby blues”.

 

Baby blues? Que bicho é esse? No tempo da minha mãe não existia isso!

Engana-se quem pensa assim, talvez tal fase ainda não fosse nomeada, mas os sintomas são relatados a décadas. Muitas mulheres, por conta das alterações hormonais e de rotina no pós-parto acabam relatando dias de melancolia, insônia, irritabilidade, impaciência, perda de apetite além de uma preocupação excessiva quanto ao seu desempenho na sua nova função: ser mãe. E sim, por mais que já tenhamos uma vasta literatura para embasar as mamães e futuras mamães, os pequenos não vem com manual de instruções e é completamente normal que a mulher sinta aquele friozinho na barriga afinal um ser humano totalmente dependente de você está ali nos seus braços, esperando para ser alimentado, trocado as fraldas e que você consiga compreender o que ele quer lhe dizer com aquele choro que não para.

 

O baby blues ocorre quando estes sintomas descritos aparecem, duram cerca de 20 dias, e desaparecem, exigem que a mulher tenha alguém com quem contar e desabafar, mas não precisam de um profissional para tratamento. Apoio familiar, calma e paciência são os “remédios” para que a mamãe consiga se organizar e se sentir mais segura para curtir o recém-nascido.

 

Porém, entre 10% e 15% das mulheres, estes sintomas não desaparecem com o passar dos dias, pelo contrário, passam a se intensificar e junto com eles surgem ainda apatia, dificuldade em sentir-se bem, exaustão, sensação de que “nada de bom está por vir”, pensamentos negativos em relação a si e ao bebê, desinteresse pelas atividades e pessoas do dia-a-dia. Essas mulheres relam sentirem-se incapazes de realizar suas tarefas além de choro diário e frequente. Nesses casos, precisamos estar atentos, pois estamos falando da depressão pós-parto! Já falamos sobre baby blues aqui na coluna, para ler basta acessar AQUI.

 

Durante seu pré-natal é importante que a gestante saiba relatar ao seu médico alguns fatores que podem vir a desencadear tal diagnostico. Sinais como históricos de depressão (da mãe e na família), gravidez não desejada além de perdas ou traumas durante a gestação. Outro fator importante é que sua rede de apoio (marido, pais, amigos e familiares) possam olhar para além do bebê, e perceber como está a mamãe pois é comum que as mulheres não reconheçam os sintomas da depressão pós-parto.

 

Se os sintomas forem observados por mais de 20 dias é importa que seja relato ao médico, para que este possa fazer seu diagnóstico e fazer os encaminhamentos necessários. O tratamento envolve psicoterapia e muitas vezes o uso de medicação concomitante é necessário. Vale ressaltar que TODA e QUALQUER medicação usada pela mulher durante a gestação e amamentação deve ser informada e principalmente aprovada pelo médico.

 

Depressão pós-parto é coisa de mulher?

NÃÃO! Todos os sintomas relatados também podem ser sentidos pelos papais! Homens de mulheres com depressão pós-parto são mais propensos a também apresentar os sintomas, a tensão e pressão em dar conta da nova rotina ou pela sensação de que nada do que faz está bom o suficiente para esposa (essas são as principais queixas dos papais).

 

Por isso, fica nossa dica de sempre: Não subestimem seus sentimentos e lembrem-se que existem profissionais qualificados para lhes ajudar! E nada melhor do que estar de bem consigo mesmo para poder curtir o filhotinho.

 

Paola Richter é Psicóloga, Psicoterapeuta de crianças e adolescentes. Natana Consoli é Psicóloga, Psicoterapeuta de adultos, casais e famílias e ambas fazem Avaliação psicológica e prestam Assessoria psicológica em Instituições de educação Infantil. Possuem a página E aí Psi? no Facebook e Instagram para compartilhar curiosidades, dicas e problematizar as dúvidas mais frequentes do dia a dia dos pequenos!

 

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